Esta democracia tirânica!
* * *
A eleição para presidente dos EUA tem sido o mais novo show midiático transmitido quase que 24 horas a que somos obrigados a assistir ainda que não queiramos. Primeiro foi a morte da menina Isabela, que ainda que não mais quisesse assistir, não tinha como fugir. Um canal mostrava a reconstituição, o outro entrevista exclusiva com o pai do Nardoni, o outro, exclusiva com a mãe da menina, os outros, como não conseguiam muito mais do que isto, mostravam imagens dos outros canais com slogan das outras emissoras e tudo o mais.
* * *
O próximo episódio coisificado foi o do seqüestro terminado em morte da jovem Eloá. Técnicos e peritos explicando o que não podia ser explicado, analisando a ação da polícia, analisando os segundos de reação ao barulho que ninguém ouvir, mas que é perceptível por uma máquina em decibéis que não entendemos. Agora é a vez do show da ‘democracia’ mundial. Não que o mundo todo ame os EUA, mas é obrigado a se interessar pelo que por lá anda acontecendo.
* * *
Refleti sobre alguns pontos que considero importantes neste assunto. A visão internacional sobre uma eleição local nunca é a expressão da verdade em todas as suas nuances. Lembro que o mundo via com bons olhos a eleição de Lula, como se fosse um marco para o país. O grande esquerdista defensor da moral e dos bons costumes da democracia. O mundo não sabia dos contextos e dos embates internos e nada falava sobre isto. Não sabia das fraquezas de Lula, que depois vieram a ser demonstradas na aplicação que ele fez da cartilha do FHC, indo até além e fazendo o que FHC não poderia fazer, reformas que dependiam de apoio dos sindicatos, que agora, apoiadores de Lula, permitem que sejam feitas, vergonhosamente, eliminando os direitos dos trabalhadores e chamando isto de progresso.
* * *
A mídia quer nos ensinar que a democracia, a santa democracia ensinada pelos americanos ao mundo, é o melhor negócio do século. Esta democracia tem seus incoerentes congruentes. Somos democráticos, mas aqui somos obrigados a votar ou, no mínimo, justificar e dizer onde estávamos e porque não votamos. Somos democráticos, mas pagamos muitos IMPOSTOS, que herdaram seus nomes da imposição sem direito a discussão. Somos democráticos, mas não podemos falar muito dos defeitos e problemas dos governantes senão nossas esposas são remanejadas de setor, nossos filhos são transferidos de sala, nós somos proibidos de prestar serviço para órgãos estaduais e municipais em licitações de cartas, se não marcadas, pré-definidas. Somos democráticos, mas não temos acesso à tecnologia da saúde sem plano privado, nem previdência segura sem plano privado, nem à justiça sem uma boa dose de patrocínio a órgãos que já são pagos com o dinheiro do nosso IMPOSTO.
* * *
Temos carros e casas que são nossos, mas pagamos para poder usá-los (IPTU e IPVA). Em nosso estado, especificamente, pagamos 25% de imposto sobre tudo o que consumimos do comércio. A companhia elétrica não nos cobra pelo que usamos, mas pelo que, na média, é contabilizado. Quem souber o que isto significa, nos ajude a entender. As companhias telefônicas móveis e fixas são cada vez mais imóveis para prestar bom serviço ao consumidor – recordes de reclamação nos Procon’s da vida, que para nada servem, porque nada resolvem; ao final de um longo processo dizem: “Agora só lhe resta entrar no Juizado de Pequenas Causas”. Poderia ter feito isto desde o início.
* * *
Assim, vivemos num Estado de Direito Democrático. Não temos direito a nada. Somos controlados em tudo. E ainda querem que nos orgulhemos disto. Esta democracia tirânica!
Com Esperença!
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A eleição para presidente dos EUA tem sido o mais novo show midiático transmitido quase que 24 horas a que somos obrigados a assistir ainda que não queiramos. Primeiro foi a morte da menina Isabela, que ainda que não mais quisesse assistir, não tinha como fugir. Um canal mostrava a reconstituição, o outro entrevista exclusiva com o pai do Nardoni, o outro, exclusiva com a mãe da menina, os outros, como não conseguiam muito mais do que isto, mostravam imagens dos outros canais com slogan das outras emissoras e tudo o mais.
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O próximo episódio coisificado foi o do seqüestro terminado em morte da jovem Eloá. Técnicos e peritos explicando o que não podia ser explicado, analisando a ação da polícia, analisando os segundos de reação ao barulho que ninguém ouvir, mas que é perceptível por uma máquina em decibéis que não entendemos. Agora é a vez do show da ‘democracia’ mundial. Não que o mundo todo ame os EUA, mas é obrigado a se interessar pelo que por lá anda acontecendo.
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Refleti sobre alguns pontos que considero importantes neste assunto. A visão internacional sobre uma eleição local nunca é a expressão da verdade em todas as suas nuances. Lembro que o mundo via com bons olhos a eleição de Lula, como se fosse um marco para o país. O grande esquerdista defensor da moral e dos bons costumes da democracia. O mundo não sabia dos contextos e dos embates internos e nada falava sobre isto. Não sabia das fraquezas de Lula, que depois vieram a ser demonstradas na aplicação que ele fez da cartilha do FHC, indo até além e fazendo o que FHC não poderia fazer, reformas que dependiam de apoio dos sindicatos, que agora, apoiadores de Lula, permitem que sejam feitas, vergonhosamente, eliminando os direitos dos trabalhadores e chamando isto de progresso.
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A mídia quer nos ensinar que a democracia, a santa democracia ensinada pelos americanos ao mundo, é o melhor negócio do século. Esta democracia tem seus incoerentes congruentes. Somos democráticos, mas aqui somos obrigados a votar ou, no mínimo, justificar e dizer onde estávamos e porque não votamos. Somos democráticos, mas pagamos muitos IMPOSTOS, que herdaram seus nomes da imposição sem direito a discussão. Somos democráticos, mas não podemos falar muito dos defeitos e problemas dos governantes senão nossas esposas são remanejadas de setor, nossos filhos são transferidos de sala, nós somos proibidos de prestar serviço para órgãos estaduais e municipais em licitações de cartas, se não marcadas, pré-definidas. Somos democráticos, mas não temos acesso à tecnologia da saúde sem plano privado, nem previdência segura sem plano privado, nem à justiça sem uma boa dose de patrocínio a órgãos que já são pagos com o dinheiro do nosso IMPOSTO.
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Temos carros e casas que são nossos, mas pagamos para poder usá-los (IPTU e IPVA). Em nosso estado, especificamente, pagamos 25% de imposto sobre tudo o que consumimos do comércio. A companhia elétrica não nos cobra pelo que usamos, mas pelo que, na média, é contabilizado. Quem souber o que isto significa, nos ajude a entender. As companhias telefônicas móveis e fixas são cada vez mais imóveis para prestar bom serviço ao consumidor – recordes de reclamação nos Procon’s da vida, que para nada servem, porque nada resolvem; ao final de um longo processo dizem: “Agora só lhe resta entrar no Juizado de Pequenas Causas”. Poderia ter feito isto desde o início.
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Assim, vivemos num Estado de Direito Democrático. Não temos direito a nada. Somos controlados em tudo. E ainda querem que nos orgulhemos disto. Esta democracia tirânica!
Com Esperença!