Alpinista de Mutá

O início de tudo é uma conformação anti-caos. Queria dizer desse estado de coisas poéticas e poeirentas que vemos nas esquinas e seringais. Esse, do caos surgido, como resposta ao favor natural de conformar as falsas harmonias, pretende-se ao em espera do universo. Acredita poder surgir do conflito uma natureza e uma possibilidade de identidade (inda que arbitrária) que nos conduza a uma atitude de agressão ao espaço sedentário. É poesia isso. E inspira-nos Hélio Melo, autor da floresta, com sua representação do real. Conduz-nos o tempo e a sombra desse tempo, numa hora incerta a dar declarações sobre a pele do concreto e dos óbulos. Vamos caminhando, nos atrepando em árvores e rios, alpinistas de mutá, alcançado pouca coisa mais que a geometria curta dos dedos, mas sonhando extrair dali uma essência sublime para negociar a vida.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Em Obras

estamos em construção,
aguarde
pessoas trabalhando...

ofícios literários que pesam
mais que tijolos.

Um comentário:

Tissiano disse...

Márcio,

Chegou seu livro em minha casa. Eu senti como se ele fosse a mim muito próximo, lendo as poesias lembrei de nossas conversas e projetos, elas são pra mim muito familiares, adorei ver teu projeto concretizado pois parece que uma parte de mim ficou satisfeita, como se fosse ele também um pouco meu. Não estou querendo dividir méritos, estes são todos seus, mas quero dividir a sua alegria em ter seus escritos no papel.
Muito louco esse negócio de por no papel as ideias e depois saber que elas navegam erráticas por mãos mais diversas, sem saber que sentimento trarão a quem as lê. Pois é, suas poesias ganharam o mundo, parabéns.